quinta-feira, 28 de abril de 2016

A revolução digital

Uma verdadeira revolução social teve início em 1995, quando o mundo começou a conhecer a web e a utilizar ferramentas poderosas como o e-mail, os grupos de discussão, fóruns, groupware, entre outros. Estamos vivendo uma revolução digital, baseada no mundo virtual, o mesmo que nos apresentou, em 2000, o comércio eletrônico, as mensagens instantâneas, as web conferências e os sites de busca.

Em 2005, tiveram início plataformas e recursos digitais ainda mais interessantes. Pegamos como exemplo os blogs, as redes sociais, as tagging e os perfis pessoais. Tudo isso faz parte de uma revolução. Agora, porém, as redes sociais ganharam muita força e estão no centro deste universo. São elas que potencializam os relacionamentos e são elas que possibilitam descobrir sinergias de atitude e de consumo. Vivemos uma plena convergência entre o mundo offline e o mundo online, onde a cada ano surgem novas tecnologias e chegam às nossas mãos novos aplicativos.

Nada disso é tendência, chegamos ao mundo digital. Pode ser que ainda não tenhamos aprendido a utilizar plenamente o seu potencial para a nossa vida real ou cotidiana. Sabemos que a grande maioria das pessoas que navegam pela internet buscam principalmente comunicação, informação e diversão. Mais recentemente, ganha muito espaço neste campo de informação a educação online, ou seja, um dos públicos que mais cresce na internet é o das pessoas que buscam qualificação profissional, cursos dos mais diversos temas e finalidades e capacitação pessoal. Seja com qual objetivo, o objeto do desejo de todos, sem dúvida, sempre será encontrar o conteúdo relevante e ter a certeza de que as informações podem ser confiáveis.

Esta poderosa conversão global que começou a pouco mais de 20 anos, através da internet, permitiu com que cada vez mais e mais pessoas descobrissem ou inventassem novas maneiras de compartilhar rapidamente os melhores conteúdos. Veja isso: em 2010, somente no Brasil já havia mais de 60 milhões de usuários de internet. Em 2013, mais de metade da população brasileira já estava na grande rede. Agora, segundo dados apresentados em maio do ano passado, quando a internet completou 20 anos no país, a população digital chegou a 84 milhões de visitantes únicos e isso não pode ser subestimado, pela força com que impacta os mais diversos segmentos sociais e econômicos.

Nos dias de hoje, esta população reflete indicadores consideráveis, representando 70% dos consumidores que compraram pela internet, o e-commerce brasileiro faturou R$ 41,3 bilhões no ano passado e o acesso à internet via celular triplicou no Brasil nos últimos três anos. É inegável que estamos convergindo gradualmente para o ambiente digital e essa nova cultura precisa ser assimilada, pois está mudando radicalmente as relações pessoais e de negócios e tende a desburocratizar o sistema vigente em todos os campos.

Artigo publicado originalmente em 13 de abril de 2016 no site ocorreio.com.br 

Capital no centro do Estado

Cachoeira do Sul começa a despontar novamente como polo regional e esta é uma posição inevitável para a cidade, sendo ela a maior cidade no leito do Rio Jacuí e com uma história de quase 200 anos. É certo que já fomos bem maiores, tanto em extensão territorial como em importância regional para nossos circunvizinhos e para os municípios que surgiram nesta região da bacia hidrográfica do Jacuí e que têm raízes fortes com a Capital Nacional do Arroz.

O centro do Rio Grande do Sul tem três importantes referências regionais, que são, além de Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Santa Maria. Por isso é importante que a visão das lideranças e das forças vivas da sociedade esteja cada vez mais voltada para a regionalização de ações, como, por exemplo, na defesa de bandeiras que têm forte impacto de desenvolvimento regional. É impossível pensarmos em fazer a defesa de demandas regionais, sem articular e envolver as lideranças dos municípios que fazem parte da nossa região.

Exemplo disso é o que está acontecendo no Comitê Regional da Qualidade de Cachoeira do Sul, que realiza neste ano, pela primeira vez, um evento multiplicador e que deverá atrair empreendedores, lideranças e autoridades de 10 a 15 municípios. Trata-se de um painel com três gestores de alta performance, que comandam organizações e equipes de grande responsabilidade e que, ao mesmo tempo, produzem excelentes resultados. É uma oportunidade de buscar conhecimentos com modelos de sucesso, mas também de promover uma grande integração regional.

O Sindilojas Vale do Jacuí será a sede para este evento no dia três de maio, dentro da programação da sua semana de comemoração dos 67 anos de fundação da entidade, que abriga o Comitê Regional do PGQP, e que abre suas portas para a região. As comunidades regionais vivenciam praticamente as mesmas dificuldades e têm os mesmos anseios, por isso Cachoeira deve ocupar com imposição responsável e integradora sua condição de liderança regional. Apesar das dificuldades, o ambiente é favorável, muitas conquistas estão acontecendo e devem ser consolidadas nos próximos anos, por isso o momento é oportuno para que se reformule o pensamento sobre o nosso futuro.

Capacitação, melhoria organizacional, transparência e responsabilidade são os melhores caminhos para que possamos almejar algo novo e diferente. Buscar a ruptura de paradigmas e de culturas que não permitem com que aconteça a evolução integrada que tanto bem faz para a sociedade. E este encontro de grandes lideranças que acontecerá em Cachoeira do Sul, em menos de um mês, com a presença do diretor regional do Senac-RS, José Paulo da Rosa, do diretor presidente da Super Tratores New Holland de Santa Maria, Paulo de Tarso Costabeber, e mais o superintendente do PGQP, Luiz Ildebrando Pierry, é um portal de conteúdo relevante e de práticas consagradas que só podem nos ajudar a refletir e qualificar nossas decisões, diante dos desafios deste ano.

Artigo publicado originalmente em 7 de abril de 2016 no site ocorreio.com.br 

Bandeiras que nos façam acreditar

De tudo o que acontece em nosso país no momento atual, penso em quais lições ou quais ações devemos adotar e que tenham visão de futuro. No sentido de fazer com que tudo o que está acontecendo nos sirva como balizador para promover melhorias necessárias no ambiente para as futuras gerações. Desde o ano passado, mais especificamente no final do ano em Cachoeira do Sul, o Ministério Público Federal (MPF) deu início a uma campanha de coleta de assinaturas em todo o Brasil em prol de habilitar 10 medidas contra a corrupção a projetos de iniciativa popular, que foram enfim entregues à Câmara Federal neste histórico dia 29 de abril de 2016.

Aqui em Cachoeira, o Sindilojas Vale do Jacuí, que congrega a área patronal do setor varejista do comércio de bens, serviços e turismo, formalizou apoio a esta iniciativa e colocou sua estrutura a serviço da divulgação e da coleta de assinaturas, assim como diversos outros voluntários pela cidade. Mesmo sem saber o número exato de assinaturas que coletamos entre nossos conterrâneos, é certo que cada um contribuiu para que fosse alcançado o número mínimo de assinaturas para habilitar os projetos, ou seja, 1,5 milhão de assinaturas. Ao todo, a coleta ultrapassou a dois milhões em todo o país.

Em suma, as 10 medidas contra a corrupção estão divididas em três frentes distintas: a primeira pretende criar mecanismos de prevenção à prática da corrupção no setor público, com medidas que dificultam a prática e também o ingresso de pessoas com tendência a práticas corruptas no serviço público em geral. A segunda frente busca agravar e aumentar as punições aos agentes que participam de corrupção e todo desvio de recursos públicos em todas as esferas. Até transformando em crime hediondo o desvio ou roubo de grandes valores. Por fim, o MPF preocupou-se também em aprimorar os mecanismos e recursos do Poder Judiciário para facilitar a recuperação de dinheiro produzido por corrupção.

Precisamos sim, fugir do foco da crise política que procura polarizar interesses políticos e partidários, generalizando assim as opções como se todos os cidadãos estivessem simplesmente ou de um lado, ou de outro. É claro que o posicionamento e a opinião de cada um é um conjunto bem mais complexo de fatores individuais ou de grupos específicos. Mas não se trata disso, absolutamente, pois penso que a questão mais importante no momento é de que precisamos evitar que um mesmo partido permaneça no Poder por muitos anos, quase perpetuando-se. Preferencialmente, penso que nossos governantes não devem permanecer mais do que oito anos no Poder, independentemente do grau de satisfação que possam promover, devido ao aspecto permissivo do nosso sistema de governo. Mas isso é uma outra história.

Fato é que, diante do cenário atual estabelecido, precisamos ter bandeiras que nos façam acreditar que nada disso é em vão. Precisamos ter bandeiras em que todos acreditem, independente das crenças religiosas, ideologias político-partidárias, preferencias diversas, gostos musicais, ou o que for. Precisamos ter consciência de que há coisas que são bem maiores do que todos nós. E neste sentido, acredito que defender estes projetos intitulados pelo MPF como as 10 medidas contra a corrupção, merece ser considerado como uma bandeira nacional que vale ser defendida. Merece uma avaliação cuidadosa e carinhosa de cada um de nós. Se você não conhece as 10 medidas, procure se informar melhor, saiba mais, pesquise na internet ou fale sobre isso com seus círculos de convivência. Nossos filhos e netos e as futuras gerações com certeza nos serão muito gratos.

Artigo publicado originalmente no site ocorreio.com.br